Dia Mundial da Educação: o ensino brasileiro no limite do lápis

Por Carolina Marçal
Institucional
28 de abril de 2021

Nesta quarta-feira (28) é comemorado o Dia Mundial da Educação. A data foi escolhida nos anos 2000 após um Fórum Mundial de Educação, realizado em Dakar, no Senegal. No encontro, ficou determinado que diversos países do mundo todo se comprometeriam a desenvolver educação básica e secundária para crianças e adolescente até o ano de 2030. A data ainda ajuda no incentivo e na conscientização sobre a importância da educação para a sociedade, de uma forma geral, para qualquer idade ou classe social. Apesar da palavra educação estar muito ligada a escolas, o conceito do vocábulo vai muito além disso, já que envolve também o ambiente social e familiar. Essas três formam pilares que estruturam os valores essenciais na vida de qualquer cidadão.

Maurício Guilherme Silva Jr., professor universitário, pesquisador e jornalista, avalia o Dia Mundial da Educação e diz que a data é um estímulo para que haja reflexão sobre as relações humanas e profissionais, além de fundamental para o desenvolvimento das nações. “Se a gente pensa em um dia específico para que se fale da educação, a gente pensa na possibilidade de algum tipo de debate acerca de algo tão fundamental, como a estrutura social, dos relacionamentos e do desenvolvimento entre as pessoas. A educação permite que as pessoas sejam muito mais do que elas são, o que elas desejam ser. Por meio da educação, as pessoas têm mais possibilidades de escolha e de compreensão do mundo”, afirmou o educador.

Educação no Brasil

A história da educação no Brasil começa desde o início dos tempos. Em 1500, quando os portugueses chegaram por aqui, os padres foram encarregados de ensinar e catequizar os habitantes locais. Com o passar dos anos, o modo de ensino foi evoluindo até 1920, quando Anísio Teixeira lutou pela democratização da educação e no combate contra a restrição da educação a uma minoria. O Brasil teve tempo para se organizar no quesito educação. Mas, mesmo depois de tantos séculos, o sistema educacional brasileiro enfrenta problemas. O maior deles é não investir de maneira adequada ao setor. Outro erro é a falta de incentivo, profissional e salarial, para membros docentes de todo e qualquer nível.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2007 e 2014 houve queda de analfabetização e aumento da escolarização para crianças entre 6 e 14 anos. Além disso, o nível da educação brasileira também cresceu neste período. Com a pandemia do coronavírus nesses últimos meses e o consequente fechamento das escolas, estes dados podem ter sido alterados, mas como o censo ainda não foi realizado, e não é possível saber ao certo.

O professor universitário Maurício afirmou que a educação brasileira, nem de qualquer outro país, vai melhorar de uma hora para outra, e nem por causa de uma data, apesar de ser importante para que a população reflita sobre as questões que envolvem aquela comemoração. Porém, o que melhoraria o processo educacional brasileiro seria uma maior compreensão coletiva, tanto dos políticos quanto da sociedade de uma forma geral. “É preciso debater também a questão de que a educação não está apenas nas instituições de ensino, mas ela também se alimenta de processos educacionais diários e de várias instituições e instâncias de convívio público. Então é claro que uma data para fomentar ou para estimular a discussão ela é importante, mas não é essa data em si que vai fazer que a educação de uma nação melhore”, reforçou.

Quando questionado sobre a esperança de um dia a educação brasileira melhorar e alcançar os níveis desejáveis, Maurício afirmou que vai além das questões de esperar, mas envolve a ação, de fazer acontecer, de pensar em círculos coletivos de debates sobre o que é a educação no país, e de pensar em orçamentos cada vez maiores para fomento dos processos educativos de uma nação. “De um lado, claro que é interessante você esperar algo, ter esperança de que as coisas melhorem. Agora, por outro lado, a ideia de esperança acaba por nos transmitir uma ideia meio de paralisia. ‘Ah vamos esperar que um dia vai acontecer’. Não! É você agir, é você buscar e mobilizar principalmente os entes públicos para que eles de um lado fomentem financeiramente as possibilidades de ampliação da educação e por outro que a sociedade civil seja capaz de cobrar esses entes públicos, mas também de se articular para pensar novas soluções para os processos de educação em todos os níveis no país. Essa esperança ela não é nada se não for com muita ação e com muita articulação de diversos fatores sociais”, finalizou o professor.

Fonte: site Prova Fácil na Web

Educação na APCEF/MG

Nery Gomes, diretor sociocultural da APCEF/MG, afirma que a data “nos faz refletir sobre o que estamos fazendo no sentido de difundir a educação, se estamos valorizando a educação quando tomamos atitudes no nosso dia a dia”. O diretor ressalta que a APCEF/MG está diretamente ligada ao conceito da educação, principalmente das crianças e adolescentes, pelo espaço físico e por todas as ações já realizadas dentro e fora do clube. Ainda segundo ele, muitas dessas formas educacionais são desenvolvidas através do esporte, que trabalha como método pedagógico por serem realizadas em equipe e pela necessidade de cumprir as regras. “Quando incluímos em nosso calendário o torneio futebol infantil (unissex) notamos claramente como as crianças ficam focadas nas regras e nos objetivos de crescimento”, ressaltou o diretor.

Além disso, Nery reforça a farta biblioteca que a APCEF/MG tem e disponibiliza diversos exemplares para seus associados ativos, aposentados e dependentes. A leitura, forma importante de educação, qualifica e aprimora o conhecimento. “Se educar é evoluir, é ter um alicerce seguro na vida. É ter opinião própria baseada em fatos, pesquisas e logicamente poder fazer críticas fundamentadas naquilo que se aprendeu durante este processo da vida chamada educação. Ela faz nossas atitudes serem diferenciadas perante os fatos que convivemos diariamente. Um canal para se aprender cada vez mais coisas novas, desenvolver habilidades profissionais e gostos pessoais”, finalizou Nery.

Rede do Conhecimento

A Fenae, juntamente com as 27 Apcefs espalhadas pelo Brasil, apresenta projetos que valorizam o aprendizado de aposentados, empregados ativos e dependentes da Caixa: a Rede do Conhecimento e o Inspira Fenae. Cada qual tem conteúdos e propósitos que enaltecem o conhecimento de novas áreas ou o aperfeiçoamento de seus alicerces.

A Rede do Conhecimento é um benefício para os associados que vai além da formação profissional, mas também agrega novos hobbies e gostos pessoais. O acesso na plataforma permite explorar diversos cursos, pílulas do conhecimento, infográficos e redecasts em diversas áreas. Com mais de 100 cursos oferecidos, alguns se destacaram quanto à procura pelos empregados Caixa. Entre eles, Inglês Básico, CPA 10, CPA 20, Master Mind, Mercado Financeiro para Iniciantes, Cozinha Básica, Planejamento Financeiro Pessoal, Inovação para Todos, Cozinha Avançada – Carnes, Fotografia com iPhone, Cozinha Básica, Empreendedorismo Contemporâneo e Caricatura em Aquarela.

Os associados que interagem com a Rede do Conhecimento tem a chance de participarem do Inspira Fenae, o maior evento de troca de experiências profissionais e pessoais dos empregados da Caixa. A cerimônia sempre conta com palestrantes renomados que trocam experiências incríveis com o público sobre o futuro, as relações de trabalho, sociedade, novas tecnologias, arte e inovação, diversidade e tantas outras. O Inspira foi pensado para atender necessidades dos trabalhadores da Caixa, apontadas por meio de pesquisa aplicada no Brasil inteiro.

Nery afirma que a Rede do Conhecimento é uma ferramenta de possibilidades para aqueles que desejam qualificar seus conhecimentos e abrir novas oportunidades profissionais. “Os cursos disponíveis conseguem acender ou reacender habilidades que muitas vezes os associados não sabiam que possuíam”, ressaltou o diretor sociocultural. Por outro lado, o Inspira Fenae, ainda na opinião de Nery, consegue, através das palestras, fazer os empregados Caixa e aposentados ver determinados assuntos sob uma ótica diferente através de experiências desconhecidas. “Além disso, podem até mudar as atitudes ao forçar o público a sair da mesmice e pensar fora da caixinha”, ressaltou.

“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”, Immanuel Kant.

Fonte: SEMESB
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