A Fenae protocolou, na tarde desta quinta-feira (3), ofício junto à Vice-Presidência de Gestão de Pessoas da Caixa, cobrando a instalação do grupo de trabalho (GT) para discussão do contencioso da Funcef. O documento foi endereçado ao vice-presidente Marcos Jacinto, a quem cabe procurar a presidência do fundo de pensão para dar início às atividades do grupo que será integrado por membros da patrocinadora, da Fundação e das entidades representativas dos participantes.
No dia 17 de dezembro, em reunião com o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, e a diretora Fabiana Matheus (Saúde e Previdência), o então presidente da Caixa, Nelson de Souza, determinou a instalação imediata do GT, o que deveria acontecer ainda em 2018. Na ocasião, ficou com Jacinto a incumbência de colocar a determinação em prática. Com o desligamento de Nelson de Souza da Caixa, a Fenae reforça a demanda junto ao executivo responsável pelos recursos humanos do banco.
O GT já havia sido aprovado em mesa de negociação realizada em maio de 2016, mas mesmo com as nomeações dos integrantes das três partes acabou sendo cancelado por decisão da diretoria da Funcef, ato desprovido de qualquer justificativa.
O passivo judicial é o principal fator de desequilíbrio nos planos da Funcef e continua crescendo. O provisionamento de R$ 1,2 bilhão para ações de perda provável equivale a 17,3% do deficit de R$ 6,9 bilhões acumulado até setembro de 2018. A parcela de “perda possível”, também conhecida como contencioso “oculto”, praticamente triplicou nos últimos sete anos, chegando a R$ 17,9 bilhões, 15 vezes o valor da provisão.
Fonte: https://www.fenae.org.br/portal/por-dentro-da-funcef