Fenaban e o Comando voltam à mesa de negociação nesta sexta-feira

Por APCEF/MG
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9 de setembro de 2016
Unidades bancárias da Caixa mantêm-se fechadas em várias cidades

 

Neste quarto dia de paralisação nos bancos públicos e privados em todo o país, o movimento mostra-se com importante adesão. Enquanto a federação dos bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários voltam à mesa de negociação, às 11h desta sexta-feira, 9 de setembro, a categoria cobra avanços na negociação e não mais a indecorosa proposta de 6,5% de reajuste, mais abono de R$ 3 mil pago uma única vez. Esta já foi rejeitada em assembleias por todo o Brasil, desde o dia 6.

Na manhã desta sexta-feira, unidades da Caixa foram fechadas em várias cidades. Entre as áreas, destaque para Centrais Regionais de Atendimento em Telesserviços (Cerats), filiais de tecnologia (Gitecs) e Centralizadoras do Tratamento de Imagem (CTDIs). “Foi mais uma ação para forçar a direção do banco a negociar com os empregados e, nesse sentido, atender às nossas reivindicações, sobretudo no que diz respeito a melhores condições de trabalho”, afirma Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa.

Conforme balanço da Contraf-CUT, no terceiro dia de greve, 8.454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, em todo o Brasil. O número representa 35,91% das agências bancárias do país e um crescimento de 13% da mobilização, na comparação com a terça-feira, quando a greve iniciou.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, lembrou que, desde as primeiras horas de quinta-feira, a Contraf-CUT acompanhou a organização da greve nas federações e sindicatos do Comando.

“Logo as notícias começaram a chegar cheias de novidades boas. A adesão estava sendo maior, o feriado não tinha influenciado nossa mobilização, as dúvidas a respeito da proposta dos bancos, causada por um comunicado infeliz da Fenaban querendo enganar os trabalhadores, estavam sanadas e a indignação causada por este comunicado tinha resultado em mais gente na luta. Ao final do dia, pudemos constatar, pelo aumento expressivo da greve, que o movimento está no caminho certo”, compara Roberto von der Osten.

Na manhã desta sexta-feira (9), o Comando Nacional volta a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), às 11h, em São Paulo. A reunião foi convocada pela bancada patronal após a forte mobilização no primeiro dia da greve.

O presidente da Contraf-CUT enalteceu a forte mobilização da categoria que arrancou esta rodada de negociação. “Disto não temos dúvida. Esperamos agora que os bancos revejam sua proposta, tragam garantias de emprego, de saúde, de segurança para seus trabalhadores. Esperamos sinceramente que os bancos queiram rever o seu processo de estabelecimento de metas e a forma da cobrança destas metas – não dá mais para ter que adoecer em troca de salários. Esperamos que todos e todas tenhamos oportunidades iguais e não queremos ver as mulheres sendo discriminadas nos salários e nos cargos da carreira bancária. Não é pedir demais. Os bancos ganham muito. Tem lucros fabulosos. Milhares estão em greve e a sociedade espera que os banqueiros resolvam este conflito.”

Campanha Nacional 2016

Desde a data da entrega da minuta de reivindicações dos bancários à Fenaban, no dia 9 de agosto, já ocorreram cinco rodadas de negociações e os banqueiros não apresentaram proposta decente aos trabalhadores. A proposta que a Fenaban apresentou no dia 29 de agosto foi de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para os bancários.

Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.

 

Fonte: Fenae

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