Comando Nacional dos Bancários e Fenaban realizam segundo dia de negociações

Por APCEF/MG
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19 de agosto de 2016

Pauta inclui as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança

Coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), o Comando Nacional dos Bancários retoma nesta sexta-feira (19), a partir das 9h30, em São Paulo (SP), os debates da Campanha Nacional Unificada 2016 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na pauta, as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança. Esse será o segundo dia de negociações, já que o primeiro ocorreu nesta quinta-feira (18), quando estiveram em debate itens como remuneração, igualdade de oportunidades e emprego.

A Contraf/CUT lembra que a saúde é um direito social fundamental e indispensável para o desenvolvimento do ser humano. Para a entidade, os bancos são o setor da economia que mais tem lucrado e são também o que tem apresentado um crescimento alarmante no adoecimento de seus empregados. Daí o questionamento: algo está errado.

Saúde e condições de trabalho

Entre as reivindicações da categoria estão o fim das metas abusivas e do assédio moral. Com uma rotina de trabalho cada vez mais estressante, os bancários estão entre os que mais apresentam problemas de saúde com causas no ambiente e nas condições de trabalho.

A Contraf/CUT diz que os casos de transtornos mentais e comportamentais estão crescendo muito mais rapidamente e já superam os adoecimentos relativos a LER/Dort.

A negociação com a Fenaban também discutirá o GT do adoecimento, grupo de trabalho bipartite que tem a função de analisar as causas dos afastamentos dos empregados do ramo financeiro, conforme a cláusula 62ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). É reivindicada ainda a extensão integral dos benefícios para os bancários afastados.

Na avaliação da Contraf/CUT, os bancos têm de ter uma vontade política de buscar a causa do adoecimento e implantar medidas de prevenção, o que seria uma ação real de valorização da categoria bancária.

Segurança

Na Campanha Nacional Unificada deste ano, o Comando Nacional reivindica melhores condições de segurança para bancários, clientes e assistência às vítimas de assaltos, sequestros e extorsão. Também estão na pauta a permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Outras reivindicações são a instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas, o fim da revista íntima, ainda praticada por muitas agências no país, a abertura e fechamento remoto das agências, o fim da guarda das chaves por funcionários e a extinção das tarifas para transferência de dinheiro via DOC e TED.

Para a Contraf/CUT, na questão da segurança, “os bancos sabem quais são os equipamentos que inibem as ações de assaltos e sequestros. Mas, precisam ser convencidos a implantá-los”.

Remuneração, igualdade de oportunidades e emprego

Na rodada desta quinta-feira (18), a questão da remuneração esteve em debate. A reivindicação dos bancários é por reposição da inflação mais ganho real de 5%, além de valorização do piso salarial (salário mínimo calculado pelo Dieese R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90. Para vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, o valor é de R$ 880,00 ao mês para cada bancário (salário mínimo nacional). Outras reivindicações abordadas foram vale-cultura, vale-refeição durante o auxílio-maternidade e parcelamento das férias.

Já no tema igualdade de oportunidades, o destaque ficou para o fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres.

No caso do item do emprego, os representantes dos trabalhadores lembraram também
que, entre 2012 e 2015, mais de 34 mil postos de trabalho foram reduzidos. Por isso, pedem o fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas. A preocupação com as agências digitais também foi abordada pelos bancários.

Fonte: Fenae

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