A primeira etapa do projeto ‘Nas Trilhas da Economia Solidária’ reuniu 75 pessoas na feira da sede social da Apcef/MG, em Belo Horizonte
O singelo trecho do poema de Cora Coralina em que diz: “Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça” retrata a essência do projeto “Nas Trilhas da Economia Solidária”. Em parceria com a Fenae, Apcef/MG e Moradia e Cidadania, o projeto tem a missão de promover a cidadania de populações em situação de vulnerabilidade social.
A primeira etapa do projeto atendeu 75 pessoas com o curso de formação e a realização de uma feira na sede social de Belo Horizonte. Divididos em 45 grupos, os participantes expuseram seus produtos para o público em geral e para os empregados da Caixa, em outubro de 2022. Produtos artesanais como decoração, bordados, tapetes e artigos de cama, mesa e banho, além de bijuterias e acessórios, produtos de alimentação, bolos, pães, geleias, compotas, e outros faziam parte da exposição.
De acordo com o presidente da Apcef/MG, Paulo Roberto Damasceno, o projeto promove a inclusão e a sustentabilidade, além de proporcionar uma grande troca de saberes. “Para nós da Apcef/MG é uma satisfação muito grande fazer parte desta iniciativa da Fenae. Na atual conjuntura social e econômica, este projeto é de grande importância para ajudarmos pessoas que estão necessitando de apoio para garantir renda e sobrevivência”, afirmou o dirigente.
Segundo a ONG Moradia e Cidadania, o evento foi um sucesso e contou com a presença do Subsecretário Municipal de Trabalho e Emprego da Prefeitura de Belo Horizonte, Luiz Otávio Fonseca, da população mineira e dos empregados e empregadas da Caixa. O projeto, que tem sintonia com as políticas públicas municipal e estadual, contempla as diretrizes internacionais da agenda 2030 de ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, a parceria da Federação e da Apcef/MG com a Moradia e Cidadania possibilita transformar vidas. “Com a perspectiva de reduzir a desigualdade, empoderar, promover a inclusão social, econômica e política, o projeto reúne pessoas que se unem em um objetivo comum: a construção de um país mais justo e solidário”, afirmou Takemoto.
De acordo com os coordenadores de “Nas Trilhas da Economia Solidária”, em função da grande quantidade de pessoas inscritas nos cursos de formação, o projeto terá mais duas etapas, com previsão de término em setembro de 2023.
Nas Trilhas da Economia Solidária
De caráter formativo, o projeto é composto por duas etapas: formação e feiras.
Formação – A primeira compreende na realização de 80 oficinas, com carga horária de duas horas e meia cada uma. Os participantes formarão 40 grupos compostos por três representantes cada. Serão três turmas com 30 participantes em cada oficina. As oficinas terão como temas principais: O que é economia solidária, como se organiza; políticas públicas e EPS (Lei de Economia Solidária, Orçamento Público); ações coletivas de produção e comercialização nos princípios da EPS; Relações de gênero e EPS; Formação Gerencial e Formação Humana.
Feiras – A segunda etapa consiste na realização de três feiras e/ou mostras com intuito de divulgação dos grupos e seus respectivos produtos, na sede da Apcef/MG.
Os beneficiários são pessoas com faixa etária variada entre 20 e 65 anos, que perderam emprego – sendo 85% composto por mulheres – e buscam alternativas de ter uma inserção social e econômica no mercado, além de qualificação em gerenciamento e comercialização.
Informações retiradas na íntegra do site da Fenae