Valores do PLR na Caixa serão pagos até 20 de outubro
Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nesta quinta-feira (13), em São Paulo (SP), a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016-2018. O acordo bianual é fruto da greve de 31 dias da categoria e prevê 8% de reajuste mais abono de R$ 3,5 mil, agora em 2016, além de correção de 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição e no auxílio creche/babá. Para 2017 os bancários asseguraram reposição integral da inflação (INPC/IBGE) mais 1% de aumento real.
A categoria obteve outros avanços, como a criação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional nos bancos, com o objetivo de proteger o emprego e evitar as demissões. E ainda o abono total dos dias parados de greve (até 6/10), ampliação da licença paternidade de 5 para 20 dias, manutenção do vale-cultura, de acordo com a lei federal, além do modelo de correção bianual também para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
As entidades sindicais ainda assinaram os acordos aditivos específicos com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Agora, os bancos têm até 10 dias para creditar a antecipação da PLR e o abono de R$ 3,5 mil. Na Caixa, serão pagos até 20 de outubro. Roberto von der Osten, presidente da Contraf e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, avalia que a categoria sai fortalecida após uma das campanhas mais difíceis dos últimos anos.
“Foram 31 dias de luta e de muita força. Os bancários e bancárias da base se aproximaram da campanha. Se o acordo não é o dos nossos sonhos, está longe também de ser a derrota que os banqueiros desejavam nos impor”, afirma Roberto von der Osten. O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, acrescenta: “importante deixar claro para a categoria que o acordo de dois anos não inviabiliza mobilizações e até greves no próximo ano. Com o ganho real garantido em 2017, poderemos reivindicar itens mais relacionados à melhoria das condições de trabalho”.
No caso da Caixa, destaca-se o compromisso da direção do banco de analisar caso a caso a revogação das punições impostas pela versão mais recente do RH 184. “É de extrema importância discutir com seriedade e objetividade os anseios da categoria nos grupos de trabalho, avaliando caso a caso e as consequências da abrangência e arbitrariedade desse normativo”, avalia Dionísio Reis, coordenador do CEE/Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Em breve, a CCT dos bancários e o ACT da Caixa estarão disponíveis no nosso site, em Atuações > CEE/Caixa > Acordos e Convenções.