Surto de Covid-19 sobrecarrega empregados Caixa na agência Shopping Cidade

Por Carolina Marçal
Institucional
7 de julho de 2021

Na última sexta-feira (02/07), o presidente da APCEF/MG, Paulo Roberto Damasceno, o diretor sociocultural da APCEF/MG e diretor regional do Sindicato dos Bancários de BH e Região, Nery Gomes e a diretora de comunicação do respectivo Sindicato, Eliana Brasil, foram até a agência Shopping Cidade para averiguar os protocolos de saúde após um surto de Covid-19 entre os funcionários.

Ao todo, são 18 empregados da Caixa que trabalham no local. Seis casos foram confirmados com uma internação entre eles, mas fora de gravidade. Além disso, mais quatro casos estão em suspeita e esperando a confirmação dos testes. Todos estão afastados da agência e a unidade ficou fechada parcialmente na última quarta (30/06), quando o problema foi detectado, e também na quinta (01/07), apenas para a dedetização do local. Até então, atendimentos como pagamento do auxílio emergencial estavam suspensos, mas é notório o clima de insegurança e a sobrecarga de trabalho, que já era grande e ficou maior ainda por conta destes fatos.

Da esquerda para a direita, Nery Gomes, Eliana Brasil e Paulo Roberto Damasceno na agência Shopping Cidade

Apesar do protocolo sanitário ter sido acionado, está claro que ele não é suficiente, já que a dedetização é apenas pontual e as medidas como realização de testes preventivos e consultas on-line, que são de fácil acesso aos empregados da Caixa, não tem a mesma equivalência no caso do pessoal terceirizado, que sequer tem condições de realizar o teste por conta própria e, quando o fazem, devem pagar do próprio bolso. Sem contar o fato de que é necessário esperar pelo menos quatro dias para tanto, ou seja, muitos não realizam o teste.

“Na nossa avaliação, o fato ocorrido na agência Shopping Cidade traz à tona o fosso social existente entre as classes sociais no Brasil, provocado pela disparidade de recursos disponíveis entre empregados da Caixa e terceirizados, e a omissão da Caixa em compactuar com esta situação ao não cobrar dos responsáveis das empresas a adoção de programas de prevenção à disseminação do vírus. Isso acaba afetando a todos indistintamente, já que usam o mesmo espaço”, ressaltou o presidente da APCEF/MG.

É importante reforçar que, apesar do relaxamento gradual das medidas de isolamento social, é necessário que continuemos a fazer a nossa parte, pois a Covid-19 ainda está entre nós, continua a fazer vítimas e precisamos ficar atentos. A APCEF/MG está acompanhando a situação ocorrida na agência, e ressalta a importância da luta para que todos aqueles que trabalham em serviços essenciais, em especial os bancários e pessoal terceirizado, tenham acesso prioritário à vacina. Na última terça (06/07), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão dos bancários no Plano Nacional de Imunização (PNI), e segundo a pasta uma nota será publicada na próxima sexta-feira (09/07) para orientar a aplicação de vacinas nestes profissionais.

Departamento de Comunicação da APCEF/MG

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