O 1º feriado Nacional da Consciência Negra ficará marcado na memória dos sócios e convidados que estiveram presentes na Sede Social BH, na última quarta-feira (20). Isso porque a APCEF/MG promoveu um dia especial sobre a temática e contou com o clube cheio e o envolvimento de muitos associados.
No gramado artificial, as crianças puderam colorir imagens de máscaras que fazem parte da história e ancestralidade da cultura negra. No mural pendurado na entrada do parquinho infantil, os desenhos produzidos se misturavam com informativos sobre culinária, danças e instrumentos musicais criados no passado pela comunidade quilombola.
Para Izabela de Aguiar, associada da APCEF/MG, a data é muito importante. “É um dia significativo para conscientização, estou aqui com a minha filha participando das atividades e sabemos que é um tema muito recorrente no Brasil e a iniciativa do clube é bem importante para a inserção desde cedo na vida das crianças.”
O sócio Eduardo Souza, trouxe sua família e comentou sobre a programação de conscientização. “O dia está magnífico, clube cheio e ambiente super agradável. Ótima iniciativa e parabéns à diretoria da APCEF/MG”.
A cantora mineira e grande intérprete, Dóris dos Santos, comandou sua banda com uma apresentação memorável à beira da piscina semiolímpica, fazendo releitura de grandes clássicos do samba e contando a história da construção do estilo musical, construído por artistas negros.
Frederico Moura e seus convidados curtiram bastante a programação e a música ao vivo. “Viemos para dar apoio a este evento e estamos aproveitando o momento com a família e que a gente possa lembrar da conscientização e equidade”, finalizou.
CAIXA PRETA
Jaqueline Maia, empregada da Caixa lotada no setor de Projeto e Transformação Digital do banco, conta como surgiu o Movimento Caixa Preta: “o projeto surgiu dos colegas no Rio de Janeiro, Gustavo Neres e Gustavo Ribeiro, que em uma reunião, perceberam que só tinham pessoas brancas na mesa e surgiu a demanda de equidade em cargos estratégicos, combate ao racismo, acolhimento no ambiente de trabalho e a conscientização do impacto negativo que isso pode causar em nossas vidas”.
No intervalo da apresentação musical, o empregado da Caixa, Isac Monteiro e a empregada Jaqueline Maia, estiveram acompanhados de colaboradores da APCEF/MG, do presidente Paulo Roberto Damasceno, do diretor sociocultural, Nery Gomes, e ainda da presidente da AGECEF BH Giuliana Dias Pardini, no palco para a assinatura do manifesto enviado pelo Coletivo Caixa Preta, um documento no qual pedem maior representatividade no banco de pessoas negras em cargos de liderança, isonomia nos processos de seleção, dentre outras reivindicações.
O momento foi festejado pelos presentes com palmas e todos que se sentiram à vontade, puderam assinar o documento. Ainda houve tempo para um brinde especial em homenagem ao Dia da Consciência Negra.
Oficina de trança afro, dança de rua e apresentação de gafieira também fizeram parte da programação especial na Sede Social BH. Para o empregado Caixa Isac Monteiro, foi um dia de resistência. “É um dia para que a gente possa resistir a toda violência sofrida mundo afora e principalmente no Brasil e que a gente possa saber onde queremos chegar. Então agradecemos à APCEF/MG e a AGECEF BH”, finalizou Isac.
Esta é uma data que certamente entrará para o calendário de eventos da APCEF/MG e que possamos tratar do assunto não só nela, mas durante todo o ano. O diretor sociocultural Nery Gomes, potencializou a importância da data. “Esse dia não é apenas um feriado nacional, é um momento de reflexão sobre o que vem acontecendo no país e mais claramente em nossa atualidade. O racismo está aí estrutural ou não, mas existe! Celebramos o dia 20? Sim, mas em tom de resistência e educação. A APCEF/MG não poderia ficar de fora e acolhemos todos os associados sem diferenciação e hoje comprovamos isso nesse evento fantástico”, completou.
Departamento de Comunicação da APCEF/MG