Janeiro Branco: Em tempos de pandemia, o debate sobre a saúde mental virou mais do que necessário

Por APCEF/MG
Institucional
11 de janeiro de 2021

Cada vez mais preocupante na sociedade nesse século, a saúde mental tem sido pauta em diversos aspectos e meios 

A cada ano que passa, a preocupação com a saúde mental da população mundial tem aumentado ao decorrer do século. A pandemia do coronavírus em 2020 e toda a questão do isolamento e mudanças drásticas de rotinas trouxeram ainda mais à tona o debate sobre questões emocionais e mentais. 

A Campanha Janeiro Branco é recente e existe desde 2014, quando foi criada por um grupo de psicólogos de Minas Gerais com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção ao adoecimento mental. Segundo o site Janeiro Branco, o mês foi escolhido de maneira proposital porque normalmente é a época do ano que as pessoas mais pensam na vida, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais. E, como em uma “folha ou em uma tela em branco”, todas as pessoas podem ser inspiradas a escreverem ou a reescreverem as suas próprias histórias de vida. 

Pandemia da Covid-19 

Em março de 2020, especialistas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) já havia alerta sobre os riscos que a pandemia traria para a população no quesito saúde mental e informava a possibilidade de uma quarta onda relativa às doenças mentais. 

E como já esperavam, a pandemia e o trabalho remoto desencadearam uma série de vulnerabilidades na população, independentemente de qualquer característica, como ansiedade, nervosismo, tensão, perturbação de sono, uso abusivo de álcool e medicamentos e depressão.  

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que o Brasil é o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas, equivalentes a 5,8% da população, atrás apenas dos Estados Unidos, com 5,9%. A depressão é uma doença que afeta 4,4% da população mundial. O Brasil é ainda o país com maior prevalência de ansiedade no mundo, 9,3%. 

Para a psiquiatra Emanuella Halabi, a campanha deve atingir todos os públicos, de todas as idades, raças, escolaridades, tamanhos e principalmente os intolerantes aos psicólogos e psiquiatras. “É preciso incentivar cada vez mais as pessoas a procurarem ajuda, a buscarem auxílio, porque muitas vezes, também, as pessoas que possuem algum transtorno psiquiátrico sentem muita vergonha de procurar sua saúde mental, procurar se cuidar pelo estigma que isso causa. Foi criado em janeiro porque é um ano novo, de renovação. A gente considera como um período de renovação de projeções e uma delas é poder se cuidar, é a gente investir na nossa saúde mental, em tratamento”, afirmou Emanuella. 

Janeiro Branco 

O site Janeiro Branco, gerenciado por especialistas de Uberlândia, Triângulo Mineiro, promove, ao longo do ano, mas em especial em janeiro, palestras, oficinas, cursos, workshops, entrevistas midiáticas, caminhadas, rodas de conversa e abordagem de pessoas em todos os lugares nos quais as pessoas se encontram: ruas, praças, igrejas, empresas, residências, academias, shoppings, hospitais, prefeituras etc. 

Como ainda estamos em pandemia, neste ano a Campanha tem priorizado espaços abertos e meios online. Entre em contato e saiba como participar. 

Saúde Mental e os bancários 

Em mais um ano, o alerta sobre a saúde mental dos bancários acende! Em 2019, no primeiro semestre, a Fenae realizou uma pesquisa e constatou que cerca de 20% dos trabalhadores da Caixa sofriam com depressão e ansiedade e 19,6% buscam acompanhamento regular psicológico ou psiquiátrico. 

A partir desses dados, a Fenae criou uma campanha permanente: “Não Sofra Sozinho”! O intuito do projeto é a prevenção do adoecimento mental no trabalho ou a partir dele. Para os trabalhadores que estão se sentido depressivos, ansiosos, angustiados, a instituição criou um e-mail para receber relatos e oferecer suporte psicológico. Basta enviar a mensagem para naosofrasozinho@fenae.org.br. 

Janeiro Verde 

Neste mês, especialistas da saúde também lutam contra o câncer de colo de útero, que atinge milhares de mulheres todos os anos. 

Sobre a campanha, a equipe de comunicação da APCEF/MG ressaltou sobre a doença e suas causas e formas de prevenção em uma matéria especial sobre Janeiro Verde. 

Departamento de Comunicação da APCEF/MG

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